Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
Homenagem às meninas que visitam o blog e, especialmente, homenagem à Mãinha, que hoje faz 58 anos e que é o maior e melhor exemplo feminino que Deus poderia ter colocado na minha vida!
Vi este poema numa propaganda da Caixa ontem! Eh lindo!!
ResponderExcluir(não conta pra ninguém, mas da propaganda que eu tive a idéia de colocaro poema aqui... rsrs)
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