Eu pretendia apenas postar estas fotos tocantes que, infelizmente, não lembro de onde baixei. Mas elas me fizeram lembrar de uma história que ouvi pela primeira vez no Momento Espírita e quero dividir com vocês porque eu a acho muito, muito linda!
Espero que gostem também :)
"Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira-lata branco e preto que atendia pelo nome de Malhado.
Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou outro alimento qualquer. Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras.
O mendigo era conhecido como um homem bom que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não tomava bebida alcoólica e estava sempre tranquilo, mesmo quando não recebia comida alguma. Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que precisava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos. Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava.
Tudo que ganhava, dava primeiro para o Malhado que, paciente, comia e ficava esperando por mais um pouco.
Não tinham onde passar as noites. Onde anoiteciam, lá dormiam. Quanto chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte do ribeirão. Ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte.
Aquela figura era intrigante porque levava uma vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor.
Certo dia, um homem, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas, foi bater um papo com o velho mendigo. Iniciou a conversa falando de Malhado, perguntou pela idade dele mas Serapião não sabia.
Dizia não ter idéia, pois se encontraram um dia, quando ambos perambulavam pelas ruas. Nossa amizade começou com um pedaço de pão – disse o mendigo – Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço. Ele agradeceu abanando o rabo e daí não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.
Como vocês se ajudam? – perguntou.
Ele me vigia quando estou dormindo. Ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Quando ele dorme eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
Continuando a conversa, o homem lhe fez uma pergunta: Serapião, você tem algum desejo de vida?
Sim, respondeu ele. Tenho vontade de comer um cachorro-quente, daqueles que têm na lanchonete da esquina.
Só isso? Indagou.
É, no momento é só isso que eu desejo.
Pois bem, disse-lhe o homem, vou satisfazer agora esse grande desejo.
Saiu, comprou um cachorro-quente e o entregou ao velho.
Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e, em seguida, tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com os temperos.
O homem não entendeu aquele gesto, pois imaginava que a salsicha era o melhor pedaço.
Por que você deu para o Malhado logo a salsicha? Interrogou, intrigado.
Ele, com a boca cheia, respondeu: Para o melhor amigo, o melhor pedaço.
E continuou comendo, alegre e satisfeito.”
Oi Sheila, tudo bem contigo?
ResponderExcluirQueremos convidar você para este desafio:
Me convenca com 3 frases porque devo ler este livro?
Ai vc diz o livro, o nome do autor e as 3 frases.
Manda uma foto sua e o link do teu blog.
Nada mais. Mas por favor, nos mande o quanto antes porque estamos programando tudo para entrar em dezembro.
Por isso, decidimos fazer algo relâmpago neste mês super agitado.
Estamos contando com sua dica.
elasestaolendo@gmail.com
Obrigada as editoras do blog
Flavia e Georgia
Adorei!
ResponderExcluirVc sabe que adoro cachorros, histórias de cães então.
Eu faço parte do time "meu cachorro come tudo que eu como". Das frutas a picanha.
Oi Mel, saudades!
ResponderExcluirEu sei que você é, como dizem minhas tias que também o são, "cachorreira". Só cuida pra não dividir os queridos chocolates com os cachorros: o que é uma delícia pra gente é veneno mortal pra eles!!
Beijocas, delicioso fds.