Pra responder a pergunta de hoje, eu pensei bastante e a melhor parte foi ver que, além da experiência que vou contar, eu vivi outras muito bacanas também: viagens, encontros, surpresas, sustos... Fiquei feliz por isso porque concluí que vivi bastante coisa inesquecível já! Meio Pollyanna e o jogo do contente pensar assim, mas é verdade.
Não sou uma pessoa totalmente "viva a natureza!" mas algumas coisinhas que encantam e emocionam: ouvir bem-te-vi cantando, ter visto o salto Garganta do Diabo pela primeira vez - eu chorei, gente! - um céu azul limpinho, bichinhos engraçadinhos, o mar...
Bom, no dia 03 de novembro de 1994 - obrigada, querido Google, por estar sempre aqui quando preciso de você! - houve um eclipse total do sol que foi perfeitamente visível daqui de Foz - e eu levei um susto de ver que já aconteceu há 16 anos e eu tenho umas lembranças bem nítidas!!
Veio gente de fora pra ver o fenômeno porque, pelo que me lembro, ele só seria bem visto de uma parte do sul do Brasil. Óculos "especiais" eram vendidos em farmácias - uma armação de papel duro com "lentes" daquele material de radiografia - e eu estava ansiosa, no trabalho, esperando.
A lembrança mais marcante que tenho dos minutos do eclipse é dos passarinhos: quando o sol começou a ser encoberto pela lua, eles começaram a procurar seu ninhos, suas casinhas. Onde eu trabalhava tinha muita árvore ao redor e eram revoadas e mais revoadas procurando seus cantinhos. E quando o sol recomeçou a aparecer, poucos minutos depois, os passarinhos "acordaram" e saíram voando, pra continuar seu dia interrompido - e eu ficava pensando que, caso eles pensassem, estariam sem entender aquela noite tão curtinha!
Já tinha visto, anos antes, eclipse total da lua e foi lindo, mas o do sol me marcou mais. E dá pra entender como os povos antigos se assombravam e desesperavam com o fenômeno.
Foto: Ilídio Afonso, site do CARJ
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