(Senta, fica confortável e tem paciência que o post ficou longo)
Vocês já repararam como somos críticos com nós mesmos quando nos olhamos no espelho, mas como conseguimos facilmente encontrarmos coisas bonitas nas pessoas que nos cercam? (Tô falando das pessoas normais, não das azedas e permanentemente de mal com o mundo, tá?)
Vocês já repararam como somos críticos com nós mesmos quando nos olhamos no espelho, mas como conseguimos facilmente encontrarmos coisas bonitas nas pessoas que nos cercam? (Tô falando das pessoas normais, não das azedas e permanentemente de mal com o mundo, tá?)
Pois é. A gente sempre tá dizendo que o nosso cabelo é/tá feio, que a pele não é legal, que tá gordo ou magro demais - mentira, não conheço ninguém que se ache magro demais! - ou que seria mais feliz se colocasse ou tirasse peito, ou mudasse o nariz, ou isso, ou aquilo...?
Minha intenção ao começar o post era só mostrar esse vídeo lindinho da Dove - pois é, essa semana parece que só rola vídeo por aqui... - mas aí acabei lembrando de algo que aconteceu domingo comigo: um casal estadunidense, de origem japonesa veio pedir umas informações - pra quem não sabe, trabalho na Secretaria de Turismo de Foz - e foram muito simpáticos, educados, gentis - de uma forma delicada que só os japoneses conseguem ser. Era um casal moço e queria ir visitar as Cataratas do lado da Argentina. Respondi a eles que se despediram e saíram. Mas tinha um detalhe no casal: o rapaz era cego. Ele andava com uma bengala - não é bengala mesmo, é aquela mais comprida, tipo cajado mas de metal - e com a mão no ombro da guria. Aquele moço tinha tudo pra reclamar da vida... Só que tava aqui, me pedindo informação, simpático, feliz... pra ir pra um dos lugares mais lindos que conheço mas que ele não conseguiria ver!
Assim que eles saíram eu tive uma crise de choro - TPM colaborou com a sensibilidade - e depois, quando tentei contar pra Vanessa, minha amiga e colega, voltei a chorar. Porque as coisas que mais me incomodam só dependem de mim para serem mudadas. Se eu quiser de verdade, eu posso emagrecer. A gente pode dar um jeito no cabelo, a gente pode até fazer uma plástica se a barriga realmente incomodar. Mas isso é vital? Realmente me fará mais ou menos feliz? Como nos portaríamos se, ao invés dos seios pequenos não tivéssemos olhos sãos?
Assim que eles saíram eu tive uma crise de choro - TPM colaborou com a sensibilidade - e depois, quando tentei contar pra Vanessa, minha amiga e colega, voltei a chorar. Porque as coisas que mais me incomodam só dependem de mim para serem mudadas. Se eu quiser de verdade, eu posso emagrecer. A gente pode dar um jeito no cabelo, a gente pode até fazer uma plástica se a barriga realmente incomodar. Mas isso é vital? Realmente me fará mais ou menos feliz? Como nos portaríamos se, ao invés dos seios pequenos não tivéssemos olhos sãos?
E aí hoje assisti este vídeo da Dove que mostra mulheres sem conseguir falar o que têm de bonito, mas facilmente encontrando coisas bonitas nas amigas... Eu sei que uma postagem não vai mudar o jeito de ninguém pensar, nem mesmo o meu modo de pensar! Mas acho que pode ajudar a vermos mais claramente - ou começarmos - o que realmente é importante e já temos, e não mega-valorizarmos o que nos falta.
Eu, pelo menos, quero tentar conseguir fazer isso!
Eu, pelo menos, quero tentar conseguir fazer isso!
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