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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Feliz Natal!

Organiza o Natal Carlos Drummond de Andrade Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal. É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito. E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas. Será bom. Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade. Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a beto

Vi: Pecados íntimos

Toc, toc, alguém aí?  Ou melhor, alguém aqui? rsrs Eu sei, eu sei, sou muito nó-cega! Desta vez nem vou falar nada! Mas vou comentar um filme que vi há algum tempo e do qual gostei muito. Isabela Boscov é a crítica de cinema da VEJA. Tem gente que a adora, tem gente que detesta. Eu, normalmente, gosto das críticas dela e me lembrei que, quando o filme saiu nos cinemas - em 2006 - eu tinha lido uma crítica bacana dela. Resolvi procurar no site da revista e a encontrei e, curiosamente, a Boscov citava  Betty Friedan, psicóloga estadunidense que eu citei na minha monografia da pós.  Em seu livro "Mística feminina", de 1963, Friedan fala da insatisfação que começou a tomar conta das mulheres, principalmente nos EUA onde ela faz a sua pesquisa, quando estas mulheres parecem ter tudo no pós-guerra. Friedan chega a chamar isso de "o problema sem nome".  Em "Pecados íntimos", Sarah - Kate Winslet - conhece Brad - Patrick Wilson - em um p