Toc, toc, alguém aí?
Ou melhor, alguém aqui? rsrs
Eu sei, eu sei, sou muito nó-cega! Desta vez nem vou falar nada! Mas vou comentar um filme que vi há algum tempo e do qual gostei muito.
Isabela Boscov é a crítica de cinema da VEJA. Tem gente que a adora, tem gente que detesta. Eu, normalmente, gosto das críticas dela e me lembrei que, quando o filme saiu nos cinemas - em 2006 - eu tinha lido uma crítica bacana dela. Resolvi procurar no site da revista e a encontrei e, curiosamente, a Boscov citava Betty Friedan, psicóloga estadunidense que eu citei na minha monografia da pós.
Em seu livro "Mística feminina", de 1963, Friedan fala da insatisfação que começou a tomar conta das mulheres, principalmente nos EUA onde ela faz a sua pesquisa, quando estas mulheres parecem ter tudo no pós-guerra. Friedan chega a chamar isso de "o problema sem nome".
Em "Pecados íntimos", Sarah - Kate Winslet - conhece Brad - Patrick Wilson - em um parquinho onde ela leva sua filha de 3 anos todos os dias. No meio das outras mães, Sarah é uma negação, esquecendo de coisas simples, como o lanche da filha. Sarah e as outras mães aparentemente têm tudo que faz uma mulher feliz: filhos fofos, casas confortáveis, maridos bem empregados... Mas existe aquele comichão de "há algo a mais" que, principalmente Sarah sente quando Brad leva seu filhinho ao parque. Supostamente estudando para sua terceira prova da "OAB" - na verdade ele passa o tempo que deveria estar na biblioteca, vendo uma molecadinha andando de skate -, Brad é dono de casa, casado com a linda Jennifer Connelly, dependente da mulher até pra assinar as revistas que gosta!
Brad e Sarah logo começam um caso, mais ou menos no mesmo tempo que ele reencontra um conhecido, agora ex-policial, que passa o tempo todo perseguindo um pedófilo recém saído da prisão. As histórias vão todas se entrelaçando - adoro filmes assim! - e não tem como a gente não se envolver com cada uma, com simpatia ou não, até porque cada personagem apresenta mais do que uma faceta. Sarah alterna momentos de completa lucidez com outros de quase demência que vão além do fato de estar apaixonada. Brad... dá vontade de abraçar, de ajudar a estudar mas também de dar uns tapas, pra crescer logo! Ronnie, o pedófilo, é asqueroso, mas emociona com o amor que sente pela mãe. Larry, o ex-policial, é outro atormentado.
Falando de outro livro, Em "Divã", da Martha Medeiros, há um momento em que Mercedes conta ao seu analista que, quando visitava um doente com sua melhor amiga, o doente morreu e ela disse à amiga: "Precisamos chamar algum adulto!", imediatamente se dando conta de que as duas já passavam dos 40 anos, ou seja, não eram mais crianças! Assim são os personagens de "Pecados íntimos": as "criancinhas" do título original, são muito mais esses adultos vulneráveis, cada um de uma forma, cada um com sua fraqueza e inaptidão pra lidar com o mundo do jeitinho que ele é, do que as crianças ameaçadas por Ronnie, o pedófilo.
Muito bom o filme!
Eu só ouvi falar. Mas pela sua descrição fiquei com vontade de assistir. Tudo bem que não ando lá muito paciente, como te escrevi no e-mail, ainda mais com histórias de romance... mas talvez aí não haja tanto romance assim, talvez seja mais confusão e complicações. Tá mais pro meu gosto, rs...
ResponderExcluirBeijos!
Aff, Paty, isso é desânimo amoroso demais pros 20 e poucos anos! Pó pará! hahaha
ExcluirMas "Pecados íntimos" é cru demais pra ser chamado de romântico. Pode ver sem medo.
Beijão e até amanhã ;)
Eu vi este filme no cinema na época do lançamento, e lembro de não ter gostado muito. Acho que preciso revê-lo com outros olhos agora. Aquela cena em que o viciado em sexo é surpreendido pela mulher se masturbando diante do computador é engraçada. E SPOILER a cena final do pedófilo é angustiante. Beijos!
ResponderExcluirTodas as cenas do pedófilo eu achei... tristes, no mínimo!
ExcluirBeijão, delicioso domingo.
Arrasoooooo, Sheilinha! Adorei o modo como você escreveu... Fiquei curiosa, quero assistir!
ResponderExcluirBeijos!
(Vê)