Uma guria chora nesse momento em frente à minha janela.
Sentada na calçada, de cabeça baixa, ela alterna momentos com uma conversa baixa, inaudível, com outros em que se desespera e, aqui do outro lado da rua, no 1º andar, escuto alguma coisa.
Deu pra entender que é com o (ex?) namorado que ela conversa. A voz sai doída, apertada.
De TPM, naturalmente fragilizada, cenas como essa têm me comovido. Eu, que nem noveleira sou, chorei ontem e ante-ontem com o término da relação do indiano Raj - Rodrigo Lombardi - com a brasileira Duda - Tânia Khalil, na "novela das 9". E o motivo foi que eu me vi naquela situação.
Ano passado, terminei um namoro mais ou menos daquela forma, o motivo não foi ele ser de uma cultura diferente da minha, mas a doença de um ente querido próximo a ele, que tornou necessária sua dedicação total. Ao ver a personagem Duda sem entender o motivo da separação, ao vê-la passar a noite em lágrimas, ao vê-la dizer aceitar o que quer que tenha acontecido, lembranças doloridas me assaltaram e senti pelo casal fictício da novela, senti ainda por mim, senti pelos inúmeros casais que se separam ainda se amando.
Pois é, amor não é tudo em uma relação. É completamente necessário, mas não se consegue viver apenas por amar.
A moça do outro lado da rua tenta prender seu namorado, dizendo que não aguentará ficar sem ele... Mas a gente aguenta, não é verdade? A gente chora, se descabela, se desespera... mas sobrevive!
E por saber que sobrevivemos, e por crer que o amor existe para nos dar mais vida ainda, e não nos matar, é que, mesmo adorando a canção da qual tirei o título do post - Meu bem-querer, do Djavan - não concordo com os versos finais: "(...)amor, e o que é o sofrer/para mim que estou/jurado pra morrer de amor".
A guria do outro lado da rua já não chora. Ouve calada o que é dito ao telefone. A dor ainda está lá, com certeza, mas as lágrimas já não rolam.
Talvez ela saiba - ou talvez não - que isso ainda a machucará por algum tempo. Pode ser por uma semana, pode ser por um mês, pode ser pela vida inteira! O que se pode tirar de proveitoso disso é que, sofrer de amor significa que muito felizes fomos ao lado de alguém que - pelo menos aos nossos olhos apaixonados - era a pessoa mais especial do universo!
E ser feliz - mesmo que por pouco tempo - ao lado de alguém especial... aposto que todos aqui já foram e sabem o quanto vale a pena!
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Foto: Love is... by Bunnis
Sentada na calçada, de cabeça baixa, ela alterna momentos com uma conversa baixa, inaudível, com outros em que se desespera e, aqui do outro lado da rua, no 1º andar, escuto alguma coisa.
Deu pra entender que é com o (ex?) namorado que ela conversa. A voz sai doída, apertada.
De TPM, naturalmente fragilizada, cenas como essa têm me comovido. Eu, que nem noveleira sou, chorei ontem e ante-ontem com o término da relação do indiano Raj - Rodrigo Lombardi - com a brasileira Duda - Tânia Khalil, na "novela das 9". E o motivo foi que eu me vi naquela situação.
Ano passado, terminei um namoro mais ou menos daquela forma, o motivo não foi ele ser de uma cultura diferente da minha, mas a doença de um ente querido próximo a ele, que tornou necessária sua dedicação total. Ao ver a personagem Duda sem entender o motivo da separação, ao vê-la passar a noite em lágrimas, ao vê-la dizer aceitar o que quer que tenha acontecido, lembranças doloridas me assaltaram e senti pelo casal fictício da novela, senti ainda por mim, senti pelos inúmeros casais que se separam ainda se amando.
Pois é, amor não é tudo em uma relação. É completamente necessário, mas não se consegue viver apenas por amar.
A moça do outro lado da rua tenta prender seu namorado, dizendo que não aguentará ficar sem ele... Mas a gente aguenta, não é verdade? A gente chora, se descabela, se desespera... mas sobrevive!
E por saber que sobrevivemos, e por crer que o amor existe para nos dar mais vida ainda, e não nos matar, é que, mesmo adorando a canção da qual tirei o título do post - Meu bem-querer, do Djavan - não concordo com os versos finais: "(...)amor, e o que é o sofrer/para mim que estou/jurado pra morrer de amor".
A guria do outro lado da rua já não chora. Ouve calada o que é dito ao telefone. A dor ainda está lá, com certeza, mas as lágrimas já não rolam.
Talvez ela saiba - ou talvez não - que isso ainda a machucará por algum tempo. Pode ser por uma semana, pode ser por um mês, pode ser pela vida inteira! O que se pode tirar de proveitoso disso é que, sofrer de amor significa que muito felizes fomos ao lado de alguém que - pelo menos aos nossos olhos apaixonados - era a pessoa mais especial do universo!
E ser feliz - mesmo que por pouco tempo - ao lado de alguém especial... aposto que todos aqui já foram e sabem o quanto vale a pena!
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Foto: Love is... by Bunnis
Triste saber que se vai perder o grande amor. mas o que garante que aquele seja o seu grande amor? o tempo amigo do coração e das desilusões, bjs
ResponderExcluirPior que perder um amor de vez é perdê-lo aos poucos, debatendo-se para tentar mantê-lo...
ResponderExcluirpobre guria na calçada...
É Pedro, tb senti mto por ela!
ResponderExcluirSer feliz ao lado de alguém especial vale por demais!!!!!
ResponderExcluirSheila, como eu acho seu blog Maneiro, você ganhou um selinho indicado por mim! Dá uma conferida no meu blog que seu nome está lá... !
Poxa Sil,
ResponderExcluirObrigadíssima! De coração!
Deixa eu ir lá buscar meu selo! rsrs
Beijocas.