Não sou a maior fã de filmes de suspense: sou medrosa, fico me sentindo incomodada depois que os vejo. No entanto, alguns me deixam curiosa - os que parecem interessantes.
Assim foi com A mulher de preto, filme britânico do ano passado. O filme me lembrou Os outros, mas não é um Os outros, ou seja, é bom, muito bom até... mas não é excelente!
Este é o segundo filme baseado no livro The woman in black, de Susan Hill, lançado no começo dos anos 80. Nesta versão - as duas versões filmadas têm algumas diferenças entre si e com o livro.
Daniel Radcliffe é Arthur Kipps, jovem pai viúvo, em risco iminente de perder o emprego desde que sua esposa morreu. Kipps é mandado para uma pequena cidade para cuidar dos papéis de um cliente recém falecido.
Tudo é envolvido em muito mistério quando ele chega na cidade, a começar pelo dono da estalagem que não quer hospedá-lo. Depois tem a dificuldade de ser levado até a antiga casa do cliente e a pressa com que todos querem que ele saia da cidade. No entanto, quando as primeiras coisas estranhas começam a acontecer - desde a morte de crianças na vila até a visão da tal "mulher de preto" do título - Kipps decide ficar e terminar seu trabalho, aliás, ele mais precisa, para manter o emprego, do que realmente deseja isso!
A mulher de preto, mesmo revelando bem antes do final o seu mistério, não deixa de prender a atenção até o finzinho que, aliás, é muito, muito bom!
A história é ambientada no começo do século XX e o ar geral do filme é sombrio, o que, muitas vezes, causa mais o medo, a ansiedade, do que o que chegamos a ver. E isso, na minha opinião, é o mais bacana em filmes assim!
Super-recomendo!
Curiosidades:
- Os brinquedos que aparecem em cena são originais da época;
- Misha Handley, o garotinho que interpreta o filho do personagem de Daniel Radcliffe é, na verdade, afilhado do ator, que sugeriu o garotinho para o papel pra facilitar a interpretação da ligação entre pai e filho;
- Adrian Rawlins, que interpreta na série Harry Potter o pai do bruxinho, interpretou na primeira versão do filme, em 1989, Arthur Kipps.
Eu adorei a condução e construção do suspense de filme, do tipo de narrativa clássica, sem pressa, mas achei que, ao contrário das suas impressões, o final do filme é que é problemático e se perde. Nesse ponto, aliás, a produção da década de 1980 é mais feliz (ou não, dependendo do ponto de vista... rs). Mas é um belo filme, principalmente na parte estética, resgatando o delicioso e clássico estilo de filmes que marcaram as antológicas produções da ressuscitada produtora inglesa Hammer.
ResponderExcluirVG, eu fiquei louca pra ler o livro e ver o filme de 89; até procurei no MKO mas lá não tem :(
ExcluirDo final, o que eu mais gostei, foi que "Espiritamente" falando, ele é bem lógico e certinho. De qualquer forma, fiquei curiosa pra ver como foi o final do outro filme.
Eu não conhecia a fama da Hammer até ontem, quando li uma resenha no Omelete falando disso. Achei bem legal, principalmente porque deste tipo de filme de terror ou suspense - sinceramente tenho dificuldade de diferenciá-las - eu descobri que adoro!
Você viu "O despertar"? Adorei! Nessa linha "Os outros" e "A dama de preto"! Vou até ver se não é da Hammer também! rsrs
Beijão.