Essa mulher linda da foto é Rita Hayworth, atriz estadunidense que viveu no século passado, fez muito sucesso lá pelos anos 1940 - 1950, e é considerada uma das mulheres mais lindas do seu tempo.
Já no final da vida, nas décadas de 1970 e 1980, Rita era vista andando trôpega, aparentando desorientação pelas ruas próximas a sua casa. Os "atentos" observadores não demoraram a contar que a atriz vivia bêbada.
Quando Rita morreu, em 1987, sua filha contou ao mundo que sua mãe sofria do Mal de Alzheimer desde os anos 1960. Era a doença, não a bebida que a fazia parecer "perdida" nas ruas.
Ontem, indo do trabalho pro supermercado, vi de dentro do ônibus um moço sentado na beira da avenida mais movimentada de Foz falando sozinho, ou com os que o olhavam, no meio da chuva que caía. Perto de mim logo veio o diagnóstico: "essa aí tá caindo de bêbado, hein?".
Não sei se estava bêbado. Mas também não sei se sofria de alguma doença mental ou física.
Quantas vezes não fazemos isso? Quantas vezes não tiramos conclusões sobre o que as pessoas têm apenas por um olhar? "Tá bêbado", "tá drogado", "é louco"... Eu acho pior ainda quando fazemos piada disso para outras pessoas.
Misérias humanas públicas me comovem. Eu tento não pensar no que causa a desorientação de uma pessoa na rua, o que faz outra cantar no meio da tarde em pé em um banco, o que um transeunte maltrapilho balbucia sozinho... Não tô dizendo que sou perfeita - moooooito longe disso! -, mas essa é uma das coisas que tento aprender a fazer.
Quantas Ritas bêbadas já não diagnosticamos pela rua? De quantas pessoas não rimos, não falamos, sem sabermos o que realmente acontece com elas para se portarem como se portam?
A gente podia pensar nestes "julgamentos" com mais atenção.
Pros que são cristãos, na verdade isso não é nada além de caridade. Pros ateus ou agnósticos, é ser humano, "só" isso.
Já no final da vida, nas décadas de 1970 e 1980, Rita era vista andando trôpega, aparentando desorientação pelas ruas próximas a sua casa. Os "atentos" observadores não demoraram a contar que a atriz vivia bêbada.
Quando Rita morreu, em 1987, sua filha contou ao mundo que sua mãe sofria do Mal de Alzheimer desde os anos 1960. Era a doença, não a bebida que a fazia parecer "perdida" nas ruas.
Ontem, indo do trabalho pro supermercado, vi de dentro do ônibus um moço sentado na beira da avenida mais movimentada de Foz falando sozinho, ou com os que o olhavam, no meio da chuva que caía. Perto de mim logo veio o diagnóstico: "essa aí tá caindo de bêbado, hein?".
Não sei se estava bêbado. Mas também não sei se sofria de alguma doença mental ou física.
Quantas vezes não fazemos isso? Quantas vezes não tiramos conclusões sobre o que as pessoas têm apenas por um olhar? "Tá bêbado", "tá drogado", "é louco"... Eu acho pior ainda quando fazemos piada disso para outras pessoas.
Misérias humanas públicas me comovem. Eu tento não pensar no que causa a desorientação de uma pessoa na rua, o que faz outra cantar no meio da tarde em pé em um banco, o que um transeunte maltrapilho balbucia sozinho... Não tô dizendo que sou perfeita - moooooito longe disso! -, mas essa é uma das coisas que tento aprender a fazer.
Quantas Ritas bêbadas já não diagnosticamos pela rua? De quantas pessoas não rimos, não falamos, sem sabermos o que realmente acontece com elas para se portarem como se portam?
A gente podia pensar nestes "julgamentos" com mais atenção.
Pros que são cristãos, na verdade isso não é nada além de caridade. Pros ateus ou agnósticos, é ser humano, "só" isso.
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