Em janeiro eu li o livro O menino do pijama listrado - leia aqui o que escrevi na ocasião - e me apaixonei pela história!
Na verdade, eu gosto muito de livros e filmes que tratam da Segunda Guerra Mundial. Não me perguntem porquê! Eu simplesmente gosto muito. Acho que há vários ângulos a serem mostrados e acredito que eles sempre podem ser tocantes.
Assim é com O menino do pijama listrado - The boy in the striped pyjamas, EUA, 2008 - que conta a história de Bruno - o lindinho Asa Butterfield -, um menino de 8 anos, filho de um oficial alemão que vai morar próximo ao campo de concentração onde o pai trabalha - no livro sabemos que é Auschwitz, no filme não é dito em qual - e que acaba conhecendo Shmuel - Jack Scanlon, lindo com enormes e tristes olhos castanhos! - uma das crianças , menininho que tem a mesma idade que ele e que é judeu, ou seja, está preso no campo.
Nenhuma das duas crianças consegue entender direito o que acontece e, apesar de ter lido uma crítica na VEJA dizendo ser impossível que os alemães comuns não soubessem o que acontecia na guerra, eu acho completamente plausível. E nessa "ignorância" das crianças é que está o tom de diferença do filme. E também sua maior beleza.
Durante o filme lembrei algumas vezes de algumas situações de O caçador de pipas, em como as crianças são tão cruelmente vitimizadas em conflitos entre povos que não conseguem se entender, ou porque professam diferentes religiões, ou porque são de etnias distintas, ou porque, simplesmente, como canta o George Michael em uma música que me fugiu o nome agora: "It's hard to love, there's so much to hate" - "é difícil amar, há tanto para odiar".
Como li o livro e vi o filme, mais uma vez sou propensa a ficar com a versão do livro, mas, mesmo tentada, não vou dizer isso, até porque estou tentando aprender a aceitar que uma adaptação não é a mesma coisa de um livro filmado - e a maioria dos filmes são BASEADOS em livros, "só" isso. Além do mais, o filme trata bastante da relação do Bruno com a família, o que não acontece no livro, e que achei bem bacana! No filme o pai dele - David Thewlis - aparece muito mais do que no livro e sua mãe - Vera Farmiga, a cara da minha ex-médica!! - parece mais real.
Vendo os extras d'O menino do pijama listrado, ouvi de algumas pessoas envolvidas na produção algo no qual pensei durante o filme: as próximas gerações não saberão do Holocausto e de outras barbaridades cometidas pelo homem se deixarmos pra trás. Ao final do filme, muito emocionada, me perguntei como pode haver tanta crueldade no ser humano ainda; porque se foi há mais de 60 anos que os nazistas matavam irmãos em câmaras de gás e depois os queimavam, é muito atual a situação de diversas etnias africanas que são massacradas diariamente sem que tomemos conhecimento...
Mas encerrando sobre O menino do pijama listrado, vale a pena vê-lo. Pelo elenco afinado, pela reconstituição de época perfeita... mas principalmente por sua maravilhosa história!
Ainda não li o livro, mas assisti ao filme e achei tão triste!!
ResponderExcluirFilmes da segunda guerra sempre me deixam triste e revoltada.
É triste mesmo. Tente ler o livro, é muito bom!
ResponderExcluirBeijocas, saudades.
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