Faz séculos que não comento de livros lidos. Mas tenho lido, garanto! Mesmo que nem sempre sejam livros inteiros mas sim capítulos para preparar palestras ou aulas de evangelização - é, praticamente tudo em livro que tenho lido atualmente é espírita.
Mas aí, mês passado, passando pela gôndola da L&PM Pocket na livraria do shopping - só tem um shopping aqui em Foz -, encontrei esse livro do Stefan Zweig de quem já lera outro livro e pelo qual me interessei. Ao longo da leitura foi me dando uma sensação de déjà vu que se comprovou ao final, quando confirmei que já lera o livro.
Bom, a história é contada toda na primeira pessoa pelo autor e depois por uma senhora que, antes da I Guerra Mundial, ele encontrou em um pequeno hotel na Côte d'Azur francesa e que lhe conta como sua vida mudou com acontecimentos ocorridos apenas em 24 horas há mais de 20 anos, quando ela tinha cerca de 45 anos e se encontrou com um jovem jogador em Mônaco.
O que gosto mais em Zwieg é o modo como ele escreve, como quem está conversando conosco, contando a história pessoalmente. As histórias são sempre muito humanas e é a imagem que eu tenho dele, de alguém muito humano.
Stefan Zweig era austríaco e judeu. No começo da II Guerra Mundial mudou-se para o Brasil onde, pouco depois, acabou suicidando-se, junto com a esposa. Em sua carta de despedida ele disse estar sofrendo demais com o autoritarismo e a intolerância crescentes na Europa, além de não ter mais esperanças no futuro da Humanidade, além de estar velho para recomeçar a vida.
Mesmo com esse fim triste, a leitura de sua obra, mesmo que melancólica, é sempre muito agradável.
Título original: 24 Stunden im Leben einer Frau
Autora: Stefan Zweig
Editora: L&PM Pocket
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