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Vi: O Carteiro e o poeta

Semana retrasada tive a oportunidade de pegar alguns bons filmes em uma locadora cheia de filmes mais antigos e interessantes. O carteiro e o poeta peguei para ver na faculdade.

A história é simples no seu enredo, mas muito complexa em suas emoções: o chileno Pablo Neruda, comunista, foge da perseguição política em seu país e se asila em uma pequena ilha italiana. Lá, conhece Mario, o carteiro da cidade, na verdade contratado apenas para levar a correspondência de Neruda, já que a maior parte dos moradores da ilha são analfabetos.

Entre os dois se inicia uma amizade baseada em poesia, mas não apenas naquela poesia escrita, mas na poesia que existe no que nos rodeia e que muitas vezes mal vemos.

Mario pede a ajuda de Neruda para aprender a escrever poesia e conquistar Beatrice, moça por quem se apaixona à primeira vista; mas acaba conquistando-a, não só se utilizando do que o chileno já escreveu, mas também de sua própria poesia.

Mesmo com Phillipe Noiret estando parecidíssimo com Pablo Neruda, o filme é de Massimo Troisi que interpreta Mario. Troisi foi também um dos roteiristas do filme e sofria do coração quando fez o filme, tendo morrido no dia seguinte ao término das filmagens. Mais um motivo para se emocionar com a história de Mario... e a do próprio Troisi.

A trilha sonora é deliciosa, a fotografia é lindíssima - ei, estamos falando de uma ilha no Mediterrâneo - e, com certeza, os mais sensíveis, derramarão algumas lágrimas no final do filme.

Título original: Il postino
País e ano de produção: França/Itália/Bélgica - 1995.
Diretor: Michael Radford
Elenco: Massimo Troisi, Phillipe Noiret, Maria Grazia Cucinotta, Linda Moretti, Renato Scarpa.

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