O Enzo nasceu no dia 21 de novembro do ano passado mas só ontem ganhou esse nome.
Depois que sua mãe morreu de cinomose quando ele tinha 40 dias de vida, e seu irmãozinho cinco dias depois, o Enzo passou a tomar remédio todos os dias; porque era novinho, porque não tinha mamado muito, porque era um toquinho de cachorro...
Desde o dia 08 o Enzo estava aqui comigo. Três dias depois, descobrimos que ele tinha princípio de pneumonia e juntou-se a isso mais cuidados ainda, outro remédio além do complexo vitamínico que tomava e uma pasta pra fortalecer a flora intestinal.
Mais dois dias e o Enzo passou a fazer inalação três vezes por dia, em uma caixinha que fiz seguindo sugestão do veterinário dele.
O Enzo pesa um tiquinho mais do que 600 g. É pequenininho mesmo, mas sempre foi miudinho. É lindo! Branco, com manchinhas marrons pelo corpo, rabinho cotó que herdou da mãe que também nasceu assim. Vira-lata e muito fofo! E muito valente, porque vem lutando pra viver, contra todos os prognósticos.
Hoje o Enzo amanheceu super-animado! Acordei com ele latindo, o que nunca tinha ouvido aqui em casa. Ele quis comer, e comeu bem, fez cocô normalmente - depois de uma semana meio entupido -, andou pela casa. Fez inalação, tomou os primeiros remédios do dia, o soro caseiro...
Mas, de repente, o Enzo começou a latir demais. E, aparentemente, do nada. Saiu da caminha dele no meu quarto e foi pra cestinha na sala. Lá continuou latindo e fui pegar ele, já preocupada. Ele começou então a ter convulsões e a estertorar.
De repente, eu que costumo ser muito segura nesses momentos, me desesperei e, com ele no colo, fui pegar o telefone pra ligar pro médico. Mas, parei no meio da cozinha com ele piorando e sabendo que o Dr. Paulo não poderia fazer mais nada. Decidi então, ficar quietinha com ele enquanto ele agonizava.
Eu nunca quis pensar nele morrendo, porque ele lutava, porque eu lutava. Tinha medo de vê-lo sofrendo dias com essa doença horrível que é a cinomose. No entanto, ele ficou ali no meu colo, quietinho, latindo cada vez mais fraco -acho que alguma dor o incomodava e por isso o latido -, até que parou.
Não sei quanto tempo fiquei chorando ali no sofá com ele, acariciando seu corpinho tão miúdo, mexendo nas suas orelhinhas gostosas, macias e longas...
Sofrimento de animal é uma das coisas que ainda não consigo entender. Mas poder ter visto que o Enzo sofreu muito pouco, e estava comigo, alivia um pouco a dor que sinto agora, mesmo sabendo que os planos que já fazia, a vontade de vê-lo logo ser um cachorrinho normal, brincalhão e chato, nunca serão realizados.
No entanto, o Enzo foi valente durante sua curta vidinha! E eu agradeço por poder tê-lo tido aqui comigo nos últimos dez dias. Por mais que agora sofra a sua perda!
__________
Arte: Angel, by MoonYen
Depois que sua mãe morreu de cinomose quando ele tinha 40 dias de vida, e seu irmãozinho cinco dias depois, o Enzo passou a tomar remédio todos os dias; porque era novinho, porque não tinha mamado muito, porque era um toquinho de cachorro...
Desde o dia 08 o Enzo estava aqui comigo. Três dias depois, descobrimos que ele tinha princípio de pneumonia e juntou-se a isso mais cuidados ainda, outro remédio além do complexo vitamínico que tomava e uma pasta pra fortalecer a flora intestinal.
Mais dois dias e o Enzo passou a fazer inalação três vezes por dia, em uma caixinha que fiz seguindo sugestão do veterinário dele.
O Enzo pesa um tiquinho mais do que 600 g. É pequenininho mesmo, mas sempre foi miudinho. É lindo! Branco, com manchinhas marrons pelo corpo, rabinho cotó que herdou da mãe que também nasceu assim. Vira-lata e muito fofo! E muito valente, porque vem lutando pra viver, contra todos os prognósticos.
Hoje o Enzo amanheceu super-animado! Acordei com ele latindo, o que nunca tinha ouvido aqui em casa. Ele quis comer, e comeu bem, fez cocô normalmente - depois de uma semana meio entupido -, andou pela casa. Fez inalação, tomou os primeiros remédios do dia, o soro caseiro...
Mas, de repente, o Enzo começou a latir demais. E, aparentemente, do nada. Saiu da caminha dele no meu quarto e foi pra cestinha na sala. Lá continuou latindo e fui pegar ele, já preocupada. Ele começou então a ter convulsões e a estertorar.
De repente, eu que costumo ser muito segura nesses momentos, me desesperei e, com ele no colo, fui pegar o telefone pra ligar pro médico. Mas, parei no meio da cozinha com ele piorando e sabendo que o Dr. Paulo não poderia fazer mais nada. Decidi então, ficar quietinha com ele enquanto ele agonizava.
Eu nunca quis pensar nele morrendo, porque ele lutava, porque eu lutava. Tinha medo de vê-lo sofrendo dias com essa doença horrível que é a cinomose. No entanto, ele ficou ali no meu colo, quietinho, latindo cada vez mais fraco -acho que alguma dor o incomodava e por isso o latido -, até que parou.
Não sei quanto tempo fiquei chorando ali no sofá com ele, acariciando seu corpinho tão miúdo, mexendo nas suas orelhinhas gostosas, macias e longas...
Sofrimento de animal é uma das coisas que ainda não consigo entender. Mas poder ter visto que o Enzo sofreu muito pouco, e estava comigo, alivia um pouco a dor que sinto agora, mesmo sabendo que os planos que já fazia, a vontade de vê-lo logo ser um cachorrinho normal, brincalhão e chato, nunca serão realizados.
No entanto, o Enzo foi valente durante sua curta vidinha! E eu agradeço por poder tê-lo tido aqui comigo nos últimos dez dias. Por mais que agora sofra a sua perda!
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Arte: Angel, by MoonYen
Nossa, eu sinto muito, muito mesmo, principalmente porque ele ainda era um bebê...
ResponderExcluirAcho que são coisas assim que fazem a vida parecer realmente injusta...
Espero que vc melhore, e como já havia dito acho que ele foi pro céu, porque cães tem um céu especial...
BJoes!!
Nas sextas-feiras ajudo uma tia minha que trabalha na feira, atrás de onde ela monta a barraca tem uma casa abandonada que está sempre com os portões abertos e vira e mexe aparecem filhotes de gatos lá, os empregados da minha tia sabem que eu gosto de animais e sempre ficam falando pra eu levar os filhotes pra casa e cuidar, mas eu não sou uma pessoa de gatos. Essa semana tinham 4 filhotinhso, e lembrei de vc, se vc morasse em São Paulo levaria todos pra vc!!
ResponderExcluirFlorzinha,
ResponderExcluirEu sei o quanto você realmente sente. Obrigada. Sei que logo passa, mas no momento dói bastante, fico pensando o que eu fiz errado!
Quanto aos gatinhos, 4 é demais! Ainda mais em um apto com outro gato, já adulto.
Beijocas e boa semana.
Pq nao consigo parar de chorar e escrever algo bonito sobre o pequeno Enzo.....
ResponderExcluirNão era um Anjo?
O pequeno filhote e o cão mais velho estavam deitados à sombra, sobre a grama verde, observando os reencontros. Às vezes um homem, às vezes uma mulher, às vezes uma família inteira se aproximava da Ponte do Arco-Íris, era recebida por seus animais de estimação com muita festa e eles cruzavam juntos a ponte.
O filhotinho cutucou o cão mais velho: "Olha lá! Tem alguma coisa maravilhosa acontecendo!" O cão mais velho se levantou e latiu: "Rápido! Vamos até a entrada da ponte!"
"Mas aquele não é o meu dono", choramingou o filhotinho; mas ele obedeceu. Milhares de animais de estimação correram em direção àquela pessoa vestida de branco que caminhava em direção à ponte. Conforme aquela pessoa iluminada passava por cada animal, o animal fazia uma reverência com a cabeça em sinal de amor e respeito. A pessoa finalmente aproximou-se da ponte, onde foi recebida por uma multidão de animais que lhe faziam muita festa. Juntos, eles atravessaram a ponte e desapareceram.
O filhotinho ainda estava atônito: "Aquilo era um anjo?", perguntou baixinho. "Não, filho", respondeu o cão mais velho. "Aquilo era mais do que um anjo. Era uma pessoa que trabalhava em um abrigo de animais."
Autoria Desconhecida
Vane
E agora sou eu chorando! rsrs
ResponderExcluirMuito lindo, amíngua, obrigada! Por essas e outras que te amo tanto!
Ahhhhhh minha amiga :(
ResponderExcluirAcabei de ler seu post, tô chorando.
Não sei o que escrever, não há palavra que console.
O Enzo lutou enquanto pode, agora está lá com todos os anjinhos no céu...
Beijinho
Kátia
Ká querida,
ResponderExcluirPois é. Mas nada como um dia depois do outro - pra mim - e a tranquilidade - pra ele.
Obrigada :)
Beijocas.
Amiga...vc não me contou que tinha sido assim...nossa..fiquei mais triste ainda.
ResponderExcluirMas pelo menos ele não sofreu muito e com certeza foi a melhor forma dele ir...estava com vc e estava muito bem cuidado! Sem dúvidas não havia mais nada que pudesse ser feito por ele.
Fica com Deus!
Bjos.
Ah, Ange, não quis cutucar mais a ferida; por isso escrevi aqui, pra que lessem sem eu ter que ficar repetindo...
ResponderExcluirBeijo.