Acho que, provavelmente, esse foi o filme que mais desinteressadamente comecei a ver: estava sem sono, não era ainda meia-noite (ando dormindo lá pelas 2h por esses dias) e, entre "Sex and the City" e este aqui, do qual nunca havia ouvido falar, mas que, por ser da diretora indiana Mira Nair já ganhava uns pontinhos comigo, resolvi arriscar. O mais engraçado foi que, primeiro quase não vi porque não queria chorar vendo filme... E não lembro de ter chorado tanto vendo um filme há tempos!
Ashoke é um estudante indiano que, depois de um acidente de trem logo no começo do filme, decide ir estudar nos EUA e de lá volta, dois anos depois, procurando uma noiva. Conhece, através dos pais, a linda Ashima, que volta com ele para Nova York e lá começam a vida de casados. Logo nasce Gogol, o filho que leva o nome do escritor preferido do pai, o russo Nikolai Gogol (não direi o motivo para não lançar nenhum possível spoiler). Enquanto cresce, Gogol e a irmã se vêem... não divididos entre duas culturas, mas tentando permanecer indianos, respeitando os usos e costumes dos seus pais em meio a um mundo tão moderno quando o estadunidense.
A fotografia é lindíssima e é bacana ver a Índia pelos olhos de indianos, e não de diretores deslumbrados com o "exotismo" do país.
Mas, por que eu chorei tanto? Acho que porque, mesmo contando a história de imigrantes, o filme toca em temas muito mais universais, como família, como a relação que temos com nossos pais e como a aproveitamos ou não. Somou-se a isso o fato de que vivo em uma cidade cosmopolita, com dezenas de imigrantes que devem passar pela dificuldade de manter suas tradições presentes no meio de uma cultura tão distinta da sua. Como convencer o filho árabe a se casar com uma moça muçulmana ao invés da filha de gaúchos? Como respeitar o Ramadã saindo com amigos que comem e bebem durante o dia? Imagino que seja muito complicado...
Muito bom também o elenco do filme com atores que eu não conhecia: os que interpretam Ashoke e Ashima são atores de Bollywood. Kal Penn, que faz Gogol, é estadunidense e atuou naquele tipo de comédia que nem por amizade eu vejo. Mas são extremamente convincentes, envolvidos com a história.
O filme é baseado no livro "O Xará", de Jhumpa Lahiri e foi uma grata surpresa para minha madrugada de sexta-feira :)
Ashoke é um estudante indiano que, depois de um acidente de trem logo no começo do filme, decide ir estudar nos EUA e de lá volta, dois anos depois, procurando uma noiva. Conhece, através dos pais, a linda Ashima, que volta com ele para Nova York e lá começam a vida de casados. Logo nasce Gogol, o filho que leva o nome do escritor preferido do pai, o russo Nikolai Gogol (não direi o motivo para não lançar nenhum possível spoiler). Enquanto cresce, Gogol e a irmã se vêem... não divididos entre duas culturas, mas tentando permanecer indianos, respeitando os usos e costumes dos seus pais em meio a um mundo tão moderno quando o estadunidense.
A fotografia é lindíssima e é bacana ver a Índia pelos olhos de indianos, e não de diretores deslumbrados com o "exotismo" do país.
Mas, por que eu chorei tanto? Acho que porque, mesmo contando a história de imigrantes, o filme toca em temas muito mais universais, como família, como a relação que temos com nossos pais e como a aproveitamos ou não. Somou-se a isso o fato de que vivo em uma cidade cosmopolita, com dezenas de imigrantes que devem passar pela dificuldade de manter suas tradições presentes no meio de uma cultura tão distinta da sua. Como convencer o filho árabe a se casar com uma moça muçulmana ao invés da filha de gaúchos? Como respeitar o Ramadã saindo com amigos que comem e bebem durante o dia? Imagino que seja muito complicado...
Muito bom também o elenco do filme com atores que eu não conhecia: os que interpretam Ashoke e Ashima são atores de Bollywood. Kal Penn, que faz Gogol, é estadunidense e atuou naquele tipo de comédia que nem por amizade eu vejo. Mas são extremamente convincentes, envolvidos com a história.
O filme é baseado no livro "O Xará", de Jhumpa Lahiri e foi uma grata surpresa para minha madrugada de sexta-feira :)
Oieee amiga do coração........
ResponderExcluirComo sempre sabe escolher bem os filmes,gostei muito do filme,e bem que vc falo que penso em mim quando assistia,por que é assim mesmo que acontece.È dificel mesmo pros pais manterem os filhos na cultura,mas como vivemos num país cheio de raças e culturas diferentes,é dificel não se misturar e acabar abituado a outra cultura.
No meu caso me senti no filme em alguns momentos,no caso da familia aceitar outra pessoa de cultura diferente.No filme ele faz uma pergunta muito interessante,"Será que vale a pena casar com a pessoa da mesma cultura so pra agradar aos pais,e depois ver que essa pessoa não lhe fez feliz"???
bom assistem ao filme que vale a pena
bjoss no coração amiga
Muito bom mesmo o filme, né?
ResponderExcluirE bem "real" ao falar dos imigrantes e seus filhos "nacionais".