Quanto valia, exatamente, a vida de uma mulher na China? Essa pergunta começou a me perseguir. A maioria das pessoas que me escreviam na rádio eram mulheres. Geralmente eram cartas anônimas ou assinadas com um nome fictício. Muito do que diziam me causava um choque profundo. Eu achava que compreendia as chinesas. Lendo as cartas, percebi como estava enganada. Elas viviam uma vida e enfrentavam problemas com que eu nem sequer sonhava."
Esse é um dos trechos do primeiro capítulo do livro "As boas mulheres da China", escrito pela jornalista Xinran. A partir da vontade de conhecer de verdade as chinesas, ela passa a entrevistar mulheres de rincões antes desconhecidos e recebe cartas de outras, contando de suas vidas, normalmente cheias de sofrimentos e sacrifícios.
Confesso que sempre achei a China um país estranho, com pessoas estranhas, com hábitos estranhos. Ao ler o livro, percebi que não fiz uma das coisas mais básicas para qualquer um que se diga interessado por culturas e povos diferentes: eu não respeitei a diversidade que existe no mundo, eu esperava que as coisas fossem como são no Brasil. E não é assim, cada lugar tem seus costumes. O que muitas vezes nos parece incompreensível, é apenas ainda não conhecido.
Muito do que passaram, e ainda passam as mulheres que contam suas histórias no livro, é relacionado com a Revolução Cultural que viveu o país do final da década de 1960 até o final da década seguinte. Triste ver como as chinesas foram menosprezadas, usadas, violentadas e desprezadas com a desculpa de ser por um bem comum que não era tão comum assim!
Que bom que nasci mulher, dessa vez, no Brasil. Sinceramente não sinto maiores dificuldades pelo meu sexo. Não arrisco dizer que elas não existam, mas, felizmente, não me alcançaram.
Esse é um dos trechos do primeiro capítulo do livro "As boas mulheres da China", escrito pela jornalista Xinran. A partir da vontade de conhecer de verdade as chinesas, ela passa a entrevistar mulheres de rincões antes desconhecidos e recebe cartas de outras, contando de suas vidas, normalmente cheias de sofrimentos e sacrifícios.
Confesso que sempre achei a China um país estranho, com pessoas estranhas, com hábitos estranhos. Ao ler o livro, percebi que não fiz uma das coisas mais básicas para qualquer um que se diga interessado por culturas e povos diferentes: eu não respeitei a diversidade que existe no mundo, eu esperava que as coisas fossem como são no Brasil. E não é assim, cada lugar tem seus costumes. O que muitas vezes nos parece incompreensível, é apenas ainda não conhecido.
Muito do que passaram, e ainda passam as mulheres que contam suas histórias no livro, é relacionado com a Revolução Cultural que viveu o país do final da década de 1960 até o final da década seguinte. Triste ver como as chinesas foram menosprezadas, usadas, violentadas e desprezadas com a desculpa de ser por um bem comum que não era tão comum assim!
Que bom que nasci mulher, dessa vez, no Brasil. Sinceramente não sinto maiores dificuldades pelo meu sexo. Não arrisco dizer que elas não existam, mas, felizmente, não me alcançaram.
Eu li esse livro também, mas eu não gostei, achei que ficou faltando alguma coisa, a história da narradora, achei que sem isso ela não conseguiu se aprofundar de verdade, fiquei meio decepcionada, demorei tanto pra achar o livro pra comprar...
ResponderExcluirPretendo um dia ler "Pés atados", é sobre as chinesas também...
Eu quero ler os outros dois livros dela os quais não recordo o nome agora. Um é sobre uma mulher que conta a busca pelo marido que participa da invasão do Tibete. O outro é sobre a cultura chinesa.
ResponderExcluireu li e adorei, para mim foi o melhor livro que li... apesar de ser muitissimo triste!
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